Em relação à reabilitação oral, precisamos pontuar o que é desgaste, como é produzido e quais as suas consequências.
O corpo humano consegue se organizar para manter o equilíbrio e a saúde de cada estrutura.
Nos primeiros meses de vida, a criança se alimenta apenas do leite materno, que tem uma importância fundamental para a formação das futuras estruturas faciais e dentais.
Com a introdução de alimentos mais consistentes, essa informação é passada ao cérebro, e este responde desenvolvendo outras estruturas e mecanismos (dentes decíduos e permanentes).
Os dentes decíduos, ajustam as posições e são reabsorvidos aos poucos, coma pressão vinda dos dentes permanentes que estão embaixo dos decíduos, vão criando o próprio espaço, em posição adequada. Sendo importante nesse momento a observação dos pais e o acompanhamento por odontopediatras.
Ao erupcionarem, os dentes permanentes, passam a mostrar uma mudança na capacidade de corte (dentes anteriores) e trituração (dentes posteriores) dos alimentos que ao serem reduzidos à partículas diminutas, auxiliam no processo digestório, consequentemente possibilitando uma digestão melhor e mais saudável. Porém estes dentes têm estruturas semelhantes à cerâmica e este atrito pode causar desgastes considerados fisiológicos e de adaptação do sistema. Estes desgastes terão uma evolução, teoricamente fisiológica, que serão compensados pelas estruturas de suporte dos dentes, tecidos periodontais e ósseos.
Ao serem acometidos de cáries ou fraturas, é sempre necessário repor o que foi perdido, isto mantém o equilíbrio do sistema. Quando isto não acontece, o processo de cárie ou a fratura, até mesmo a perda de um dente, provoca um desequilíbrio da engrenagem que produz a trituração, que resulta em um aumento do tamanho das partículas para deglutição, exigindo do sistema digestório uma maior produção de suco gástrico baixando o pH e gerando assim uma quantidade maior de ácidos circulantes no organismo. Desta forma, ao restaurar um dente, o que você esta realizando é a reparação de um dano, que pode ser causado por cárie, doença periodontal, fratura entre outras situações comuns na Odontologia.
Estes desgastes nos dentes naturais produz uma mudança na anatomia dos dentes, como exemplo inicial são os dentes incisivos inferiores permanentes ao erupcionar, contendo pequenos lóbulos que com o passar do tempo e uso acabam se desgastando.


O canino um dos dentes mais importantes no equilíbrio das forças mastigatórias também sofre desgaste.


Ao ocorrerem permitem algumas situações, sequenciais que seria permitir o contato com o primeiro pré-molar e ao continuarem estes processos, o desgaste pode atingir o segundo pré-molar e assim sucessivamente.

Acontece que em algumas situações poderá haver mudança deste padrão chamado de função de grupo, isto ocorre quando ao ocorrer o desgaste da ponta dos dentes caninos os incisivos laterais começam a receber os toques num movimento de lateralidade o que podem acarretar desequilíbrio na estrutura gerando desgaste na incisal, giro versão ou vestibularização, influenciando na estética e função.


O exame sistemático do paciente e do Cirurgião Dentista poderá evitar ou até bloquear esta situação, se, ao primeiro sinal desta condição, restaurar o canino numa condição de referência dos movimentos.
Em função desta condição, será desenvolvida na Clínica do Departamento de Prótese uma pesquisa de avaliação dos desgastes de uma população adulta jovem (estudantes de Odontologia), acompanhando ao longo de um ano a evolução destes desgastes e analisando as possíveis formas e padrões para poder avaliar e projetar possibilidades de bloqueio da evolução destas adaptações do sistema.
Venha verificar se você se enquadra nesta pesquisa, ajudando a termos um número significativo da população.
Todas as sextas feiras, das 9 às 17hs, no Departamento de prótese, através do whatsapp (11) 3091-7888
Roberto Chaib Stegun
Rodrigo Dinis Gomes
Gustavo Raime Santos
Aline Carolini Costa Kikuchi Barbosa
Camila Pontes Custodio