A semana do dia 21 de setembro contou com o II Encontro Internacional do Laboratório Especial de Laser em Odontologia (LELO), nos dias 24 e 25, e com o III Simpósio de Frênulos Orais e Laser, no dia 26. Ambos aconteceram das 8h às 18h no Auditório do IEE/USP, localizado na Avenida Professor Luciano Gualberto, número 1289. 

Comemorando 30 anos de Pesquisa, Ensino e Clínica, o II Encontro Internacional do LELO, coordenado pela Profa. Dra. Patrícia Moreira de Freitas Costa e Silva e sua equipe, teve a participação de professores e profissionais de diversos países como Brasil, Peru, Argentina, Bolívia e Estados Unidos, em inúmeras palestras que abordaram as aplicações e inovações do uso de fontes de luz na Odontologia. 

O uso das fontes de luz vem ganhando, ao longo das últimas décadas, um espaço importante dentro do cenário da Odontologia e ouras áreas de saúde. Dentro desse contexto, o LELO como referência nacional e internacional no âmbito, buscou com esse encontro congregar pesquisadores e clínicos expoentes em diversas especialidades odontológicas e de outras áreas da saúde e tecnologia, para promover discussões e agregar cada vez mais conhecimento.  

Compondo a mesa de abertura, estavam presentes o Prof. Dr. Giulio Gavini, Diretor da FOUSP; a Profa. Dra. Marina Helena Cury Gallottini, Secretária Geral da Universidade de São Paulo; o Prof. Dr. Carlos de Paula Eduardo, fundador do LELO e a Profa. Dra. Patrícia Moreira de Freitas Costa e Silva, coordenadora do evento. Em seguida, construíram-se dois dias e programação intensa com diversas palestras e momentos para perguntas e respostas.

Já a sexta-feira, foi preenchida pelo III Simpósio de Frênulos Orais e Laser, que abordou e discutiu sobre os frênulos labiais e linguais, especialmente quando se apresentam alterados e o uso do laser para tratamento cirúrgico quando necessário. reunindo mais de 200 participantes presenciais e online. O encontro foi um marco de atualização científica, integração profissional e troca de experiências.

Liderado pela Profa. Dra. Patrícia Moreira de Freitas Costa e Silva e pela Dra. Luciane Hiramatsu Azevedo, o evento ofereceu informações baseadas em evidências científicas e realizou uma reflexão transdisciplinar através das discussões e mesas redondas propostas. 

A abertura foi conduzida pela Profa. Dra. Patricia Freitas, que deu as boas-vindas aos presentes e destacou a importância do LELO – Laboratório Especial de Laser em Odontologia, referência nacional e internacional em ensino, pesquisa e inovação, cujo trabalho tem impulsionado avanços significativos na aplicação dos lasers em diferentes áreas da Odontologia.

Em seguida, o Prof. Dr. Marcelo Mascaro trouxe importantes reflexões na palestra “Morfologia da língua: o que você precisa saber para minimizar riscos em uma frenectomia”, ressaltando que “o conhecimento da morfologia da língua e da região do assoalho bucal é essencial para compreender a fisiologia desse órgão, bem como para reconhecer anomalias, como a anquiloglossia, e indicar ou realizar procedimentos cirúrgicos, como a frenectomia”.

Ao longo do dia, especialistas compartilharam diferentes perspectivas sobre diagnóstico, manejo clínico, técnicas cirúrgicas e inovações no uso dos lasers:

Profa. Dra. Roberta Martinelli – Frênulo Submucoso: Desafios Diagnósticos

Profa. Rose Chiaradia – Manejo Clínico da Amamentação em Casos de Anquiloglossia

Prof. Dr. Ricardo Navarro – Comparação entre frenectomia lingual com bisturi elétrico e laser de diodo de alta potência em lactentes. O professor destacou a falta de ensaios clínicos randomizados que comprovem diferenças significativas entre as ferramentas. Estudos em modelos animais e relatos de caso indicam que tanto o eletrocautério quanto o laser de diodo são eficazes no transcirúrgico, proporcionando incisão precisa, hemostasia e boa visualização. No pós-operatório, o laser apresenta vantagens, como menor inflamação, edema, necessidade de analgésicos e melhor reparação tecidual. Ressaltou ainda que mais importante que a escolha do equipamento é o treinamento do operador, o domínio da técnica e a parametrização adequada, além da necessidade de estudos que avaliem os efeitos térmicos das ferramentas nos tecidosrof. Dr. Ricardo Navarro – Comparação entre frenectomia lingual com bisturi elétrico e laser de diodo de alta potência em lactentes. O professor destacou a falta de ensaios clínicos randomizados que comprovem diferenças significativas entre as ferramentas. Estudos em modelos animais e relatos de caso indicam que tanto o eletrocautério quanto o laser de diodo são eficazes no transcirúrgico, proporcionando incisão precisa, hemostasia e boa visualização. No pós-operatório, o laser apresenta vantagens, como menor inflamação, edema, necessidade de analgésicos e melhor reparação tecidual. Ressaltou ainda que mais importante que a escolha do equipamento é o treinamento do operador, o domínio da técnica e a parametrização adequada, além da necessidade de estudos que avaliem os efeitos térmicos das ferramentas nos tecidos

Profa. Suzana Cardoso Moreira – Frenectomias com Lasers de Diodo Infravermelho: Relato de Casos Clínicos e Benefícios Clínicos. A professora destacou que os procedimentos cirúrgicos de frenotomias em bebês só devem ser realizados quando todas as tentativas de aleitamento natural foram esgotadas e o frênulo lingual encontra-se alterado. Atualmente, seus procedimentos são preferencialmente conduzidos a laser, pois oferecem excelentes resultados, com mínima necessidade de medicação no pós-operatório e rápida regeneração tecidual.

Profa. Marinês Trevisan – Frenectomias com Laser de Érbio: Vantagens, Desafios e Considerações Clínicas. A docente ressaltou que essa tecnologia proporciona cortes precisos, menor dano tecidual e boa cicatrização, embora exija treinamento específico e atenção às particularidades do equipamento.

Prof. Dr. Ricardo Fonoff – Técnicas Cirúrgicas para Frênulos Orais: Avanços e Comparações Clínicas

Dra. Luciane Azevedo – Frenectomias com Diferentes Lasers de Diodo de Alta Potência. A Fotobiomodulação Pode Otimizar a Recuperação?

Profa. Beatriz Dutra – Planejamento Cirúrgico e Manejo de Intercorrências em Frenectomias

Profa. Dra. Luciana Correa – É Possível Prever a Fibrose no Reparo dos Frênulos?

Prof. Dr. Pedro Vinha – Ronco, Apneia do Sono e Anquiloglossia: Como a Restrição Lingual Pode Impactar a Qualidade do Sono e a Saúde Respiratória

As mesas foram moderadas pelas professoras Rosângela Dissenha, Márcia Wanderley, Silvia Chedid e pelo Prof. Dr. José Imparato, garantindo interação ativa com os participantes.

Texto: Theo Gouvea Filizzola e Marina Timbó Colmanette 

Fotos: Felipe Gramajo 

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