A coluna “Brasil na FOUSP” conversou com o aluno Henrique Pacheco Peres, que está no quinto ano da graduação na Universidade Federal de Pelotas e veio realizar um intercâmbio de curta duração na FOUSP, que durou entre os meses de março e abril. Ele conta que sua principal motivação foi o interesse em fazer uma possível pós graduação em Patologia, além do interesse em conhecer um pouco mais de perto a graduação e a rotina da faculdade, cujo curso da USP está muito bem classificado em rankings internacionais, tornando-se um grande atrativo para essa visita. 

Em seguida, Henrique explicou um pouco sobre como foi o processo seletivo para realizar o intercâmbio: “Foi tudo por conta própria, quem fez todo esse intermédio foi o Professor Doutor Paulo Henrique Braz da Silva da patologia, sem qualquer edital específico. Coincidentemente, o professor era da CCANI, que é a organização responsável por essa parte de intercâmbios. Nós fizemos algumas reuniões para acertar quais eram meus interesses e assim poder planejar tudo. Foi algo bem personalizado”. Ele ainda relatou que o contato direto com o professor surgiu após um encontro em um congresso em 2023 em Curitiba, tornando esse intercâmbio possível. 

Em relação às vivências que teve na visita, o aluno teve a oportunidade de participar das clínicas de patologia e estomatologia realizando atendimentos, de acompanhar professores da área que deseja seguir e frequentar algumas aulas da Liga Interdisciplinar das Neoplasias Bucais (LINB). Ele relata que fez o possível para que a experiência de vivenciar a FOUSP fosse completa como o fato de morar perto da faculdade, e assim, poder conhecer a USP também. Porém, devido ao curto período de estadia, alguns pontos não foram possíveis, como o acesso aos restaurantes universitários. Apesar disso, ressalta: “Não me lamento quanto a isso e entendo que pela curta duração, é difícil para a Universidade aceitar alunos desse formato, por isso só tenho a agradecer pela oportunidade”.

Perguntamos um pouco a respeito das diferenças nas faculdades e ele nos disse que: “Eu acho que a principal diferença é a estrutura da FOUSP, que é muito maior, tem uma grande capacidade clínica e um alto fluxo de pacientes, além dos equipamentos que são oferecidos”. Outro ponto citado também foi referente a grade horária, em que sua Universidade de origem possui o início de atividades práticas mais cedo e uma menor carga horária teórica. 

Henrique também esclareceu que esse intercâmbio não afetou em nada sua graduação visto que o período de março/abril correspondeu ao seu período de férias, já que o calendário de sua faculdade ainda está um pouco irregular por conta da pandemia. Exatamente por esse motivo, toda sua visita foi planejada para que ocorresse nessas datas, mostrando que é possível realizar esse intercâmbio menor: “É difícil falar em intercâmbio de curta duração, e eu acho que isso é super importante até para pessoas que tem o desejo de ir para outra universidade e conhecer seu ambiente de trabalho e quem sabe seus colegas futuros. Por exemplo, se eu viesse para cá e não me sentisse acolhido e a vontade com o ambiente, provavelmente eu não teria essa vontade que eu tenho agora de retornar e fazer a pós graduação”. 

Por fim, passou algumas dicas para quem tem interesse em realizar algo parecido: “Eu diria para correr atrás dos programas, dos professores, eles são muito receptivos e tenho certeza que alguém aqui da FOUSP vai estar pronto para ajudar com o que quer que seja e direcionar para onde você deve ir”. Portanto, devemos ressaltar que os alunos interessados não necessitam de um contato direto com algum professor pois todo esse intermédio pode ser feito através do contato com a CCANI. 


Texto: Marina Timbó Colmanette

Fotos: Camila Gallo