Publicado por UFMG

Área, que abrange, por exemplo, os recursos da telessaúde tem o desafio de contribuir para equidade de acesso

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Ana Estela Haddad: aula magna e reuniões sobre telessaúdeFoto: Cecília Bastos | USP Imagens

Saúde digital no SUS: desafios atuais é o tema da aula que abre, nesta sexta-feira, 1º de setembro, as atividades do segundo período letivo da disciplina Seminários em saúde coletiva, que integra o Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina. A conferência será proferida pela secretária de Saúde Digital e Inovação do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, a partir das 9h, na sala 618 do prédio da Faculdade de Medicina, no campus Saúde.

Segundo os organizadores, a proposta é debater o papel da área de saúde digital na promoção da equidade no acesso à saúde. “É preciso aprofundar as reflexões sobre como a saúde digital pode apoiar estratégias de promoção da equidade em saúde e abordar desafios como a proteção de dados e a democratização da informação”, afirma a professora Elis Borde, do Departamento de Medicina Preventiva e Social (MPS).

Aberto ao público e sem necessidade de inscrição prévia, o evento será realizado em colaboração com os programas de pós-graduação em Gestão de Serviços de Saúde, da Escola de Enfermagem da UFMG, e em Saúde Coletiva, da Fiocruz Minas.

Ferramenta poderosa
Além da aula, Ana Estela Haddad participará de reuniões em que será discutido o uso de recursos de telessaúde para o enfrentamento das filas de especialidades. Participarão desses encontros representantes dos núcleos de telessaúde da UFMG e da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e gestores das secretarias de Saúde de Belo Horizonte e de Minas Gerais.

Para a professora Alaneir de Fátima dos Santos, também do Departamento de Medicina Preventiva e Social, a telessaúde representa uma ferramenta poderosa para a discussão remota dos casos de pacientes que necessitam de atendimento especializado. “Essa abordagem oferece uma significativa probabilidade de resolutividade e dispensa a necessidade de encontros presenciais com esses profissionais na maior parte dos casos. Atualmente, cerca de 70% dos casos provenientes das unidades básicas de saúde do SUS, que requerem atendimento com especialistas, têm potencial para ser solucionados a distância, por meio de teleconsultas”, assegura.

A palestrante
Professora titular da Faculdade de Odontologia da USP, Ana Estela Haddad tem larga experiência na gestão pública. No Ministério da Saúde, ela ocupou o cargo de diretora de Gestão da Educação na Saúde da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), de 2005 a 2010, quando participou da idealização e implementação de programas como Pró-Saúde, Telessaúde Brasil e Educação pelo Trabalho em Saúde – PET Saúde. Atualmente, integra o Comitê Assessor da Rede Universitária de Telemedicina.

No primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela atuou, de 2003 a 2005, como assessora do Ministério da Educação, quando foi uma das idealizadoras do Programa Universidade para Todos (Prouni). No mesmo período, participou também dos trabalhos relacionados à promulgação da Lei 10861/2004, que instituiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e a Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes).

(Com Centro de Comunicação da Faculdade de Medicina)