A Odontologia da USP foi contemplada pela primeira vez no programa INCT, através da Chamada 58/2022 – Programa do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – INCT, cuja Coordenação é de responsabilidade do Prof. Dr. Carlos José Soares, Professor Titular da Área de Dentística e Materiais Odontológicos da Universidade Federal de Uberlândia – UFU.

Os docentes Giuseppe Alexandre Romito, Marina Helena Cury Gallottini, ambos do Departamento de Estomatologia e Ana Estela Haddad e Marcelo José Strazzeri Bönecker são membros dessa equipe e participarão da criação de um observatório nacional de saúde oral e seus agravos, cujo foco principal é ampliar o acesso e aprimorar os serviços de saúde bucal junto ao SUS, em parceria com o setor industrial da odontologia.

Resumo do Projeto:
A ONU definiu a saúde oral como tema negligenciado na agenda de saúde global que afeta até 3,5 bilhões de pessoas. A ONU requisitou prioridade para estratégias de monitoramento de saúde oral e novas tecnologias odontológicas para saúde pública. Neste contexto, o INCT em Saúde Oral e Odontologia tem como objetivo o desenvolvimento, articulação e consolidação de competências para: 1) Criação de um Observatório Nacional de Saúde Oral e seus Agravos para impactar políticas de saúde pública; e 2) Desenvolvimento de plataformas de diagnóstico, protocolos de tratamento e biomateriais odontológicos inovadores em parceria com o setor industrial da Odontologia. O INCT em Saúde Oral e
Odontologia terá atuação integrada entre 31 laboratórios em 19 Universidades e 24 Programas de Pós-graduação em 12 Estados e DF. O INCT funcionará com dois núcleos articuladas: EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA e INOVAÇÃO PARA CLÍNICA E INDÚSTRIA ODONTOLÓGICA. O núcleo de EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA (UFMG, UFU, UFVJM, UFAM, UFSC, USP, UFPB, UFPA, UFG e UEPB) promoverá a criação de um Observatório Nacional de Saúde Oral e seus agravos, o que poderá subsidiar tomadas de decisões voltadas para a construção de políticas públicas odontológicas baseado em estudos epidemiológicos de base-populacional com desenhos transversais e caso-controle. O núcleo de INOVAÇÃO PARA CLÍNICA E INDÚSTRIA ODONTOLÓGICA (UFU, UEPG, USP, UNICAMP, UFC, UFG, UNESP, UFPE, UNAERP, CEUMA, UFPA, UFPB, UNB, UESB, UFAM e UFSC) pretende desenvolver plataformas diagnósticas, protocolos de tratamento e novos biomateriais odontológicos por tecnologias de fronteira-do-conhecimento em parceria com o setor industrial da Odontologia focados na ampliação do acesso e aprimoramento de serviços de saúde bucal de clínicas odontológicas privadas e no SUS. Assim, propõe-se com o INCT em Saúde Oral e Odontologia subsidiar a construção de políticas públicas, e induzir a inovação tecnológica em parceria com a indústria odontológica para benefício da sociedade.

O INCT-Odonto foi delineado em dois eixos principais: epidemiologia clínica e inovação para clínica e indústria odontológica, envolvendo 48 pesquisadores do CNPq de 18 estados e 6 universidades do exterior, que desenvolvem articuladamente propostas em rede com perfil interdisciplinar.

O valor global da chamada foi de R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais), sendo este valor proveniente do Fundo Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (FNDCT), por meio do Termo de Execução Descentralizada (TED) nº 922118/2022, a ser liberado de acordo com a disponibilidade orçamentária e financeira do CNPq e na forma pactuada no referido instrumento.

O valor financiado do INCT-Odonto é de R$ 4.674.000,00.

O Programa INCT foi criado em 2008, fruto de uma parceria entre o CNPq e o MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações), e posteriormente contou com a participação das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa. Englobando projetos de pesquisa de temáticas complexas, os Institutos são formados por grandes redes nacionais de pesquisa, em cooperação internacional, para o desenvolvimento de projetos de alto impacto científico e tecnológico.